terça-feira, 26 de maio de 2009

Como estudar?

Aqui vai algumas dicas de como estudar e como educar a memória.

A escrita é um poderoso instrumento para preservar o conhecimento. Tomar notas é a melhor técnica para guardar as informações obtidas em aula, em livros, em pesquisas de campo. Manter os apontamentos é fundamental. Logo, nada de rabiscar em folhas soltas. Mas também não se deve ir escrevendo no caderno tudo que se ouve, lê ou vê. Tomar notas supõe rapidez e economia. Por isso, as anotações têm de ser:
a. suficientemente claras e detalhadas, para que sejam compreendidas mesmo depois de algum tempo;
b. suficientemente sintéticas, para não ser preciso recorrer ao registro completo, ou quase, de uma lição.
Anotar é uma técnica pessoal do estudante. Pode comportar letras, sinais que só ele entenda. Mas há pontos gerais a observar. Quando se tratar de leitura, não basta sublinhar no livro. Deve-se passar as notas para o caderno de estudos. O aluno tem de se acostumar à síntese: aprender a apagar mentalmente palavras e trechos menos importantes para anotar somente palavras e conceitos fundamentais. Outros recursos: jamais anotar dados conhecidos a ponto de serem óbvios; eliminar artigos, conjunções, preposições e usar abreviaturas.
É preciso compreender que anotações não são resumos, mas registros de dados essenciais.
Como educar a memóriaAprender é uma operação que não se resume a adquirir noções, mas consiste em reter o que foi lido, reproduzir e reconhecer uma série de experiências e pensamentos. Portanto, é imprescindível educar a memória. Logo após o estudo de algum ponto ou matéria, nota-se que o esquecimento também trabalha: a mente elimina noções dispensáveis. Sem disciplina, entretanto, nunca haverá um jogo útil entre memória e esquecimento, entre horas de estudo e horas de descanso.
Para facilitar o aprendizado e fixar na memória os conteúdos aprendidos, basta proceder a uma série de operações sucessivas e gradativas no tempo. Repetir é importante, mas não só: saber de cor nem sempre vai além de um papaguear mecânico. As técnicas psicológicas de memorização são complexas, mas podem ser utilizadas simplificadamente pelo estudante. Algumas indicações: a. ler mentalmente e compreender o assunto; b. reler em voz alta; c. concentrar a atenção em aspectos específicos: nomes, datas, ambientes, etc.; d. notar semelhanças, diferenças, relações; e. repetir várias vezes em voz alta ou escrever os conhecimentos adquiridos (os pontos principais); f. fazer fichas com esquemas que incluam, de um lado, a seqüência das noções principais e, do outro, detalhes referentes a cada uma delas; g. nunca esquecer de repousar, pois uma mente cansada aprende pouco e retém com dificuldade.

Como estudar em grupo
Estudar em conjunto é um modo produtivo de fazer render ao máximo o esforço do aprendizado. E há muitas maneiras de os estudantes se ajudarem, mesmo que não se organizem em um grupo. Entre as mais importantes: a comparação dos apontamentos das aulas e das horas de estudos. Assim, trocam-se idéias e verificam-se os pontos fundamentais e os mais difíceis.
Dois princípios a serem pensados: a. o estudo em conjunto deve refletir uma inteligente divisão de trabalho; b. as sínteses não garantem plena compreensão, mas são interessantes como resumo dos conhecimentos adquiridos.
Quando o estudo em grupo é uma preparação para provas ou exames, o aluno deverá estudar toda a matéria por si mesmo, de modo que o trabalho com os colegas seja apenas uma revisão, uma possibilidade de aprofundamento e, às vezes, de correção dos pontos.
Algumas possibilidades de organização e divisão de trabalho no grupo: » Cada um estuda partes diferentes de um assunto e traz para serem fundidas na reunião; » Cada um estuda e consulta fontes sobre o mesmo assunto e expõe ao grupo, para uma comparação e aprofundamento; » Cada um estuda um ponto de um capítulo e faz seu relatório ao grupo, debatendo ou respondendo a perguntas depois.É a voz corrente entre professores que a melhor maneira de aprender uma matéria é ensiná-la aos outros. Os alunos podem comprovar isso nas exposições orais de suas reuniões de grupo. E toda vez que um colega vier pedir auxílio.

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